quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Em Petrolina, o Ceará mostrou sua cara e sua voz


Com uma delegação de cerca de 500 pessoas, entre agricultoras/es e membros de instituições que fazem parte da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), o Ceará foi à Petrolina (PE) dizer “sim” à continuidade das ações de convivência com o semiárido.
Menos de uma semana. Este era o tempo que organizações e instituições tinham para se mobilizar no intuito de participar de um ato público promovido pela ASA, em Petrolina (PE), em protesto contra as mudanças políticas na construção de cisternas. Esse tempo parecia ainda mais ínfimo se levarmos em conta o fato de estarmos a poucos dias do final do ano; tempo de natural desaceleração.
Esforços redobrados, ancorados pelas muitas conquistas na luta por uma vida digna para os povos do semiárido, contrariaram a lógica e garantiram a presença de cerca de 500 cearenses, de todas as microrregiões do Estado.
Um misto de indignação, revolta, surpresa e esperança, permearam o tom das conversas durante a longa viagem rumo à Petrolina.   Seu Sebastião Vieira, agricultor do município de Pentecostes, disse que não entende por que querem mudar o que está dando tão certo. “Nós vamos mostrar quem somos. Somos pequenos, mas somos grandes”, declarou sem titubear. Dona Maria Alice Souza, do município de Apuiarés, concorda. “Todo mundo acha bom. Antes a gente tinha que ir era longe tirar água das cacimba veia”.
Seu Manoel de Oliveira, da comunidade Carrapato, município de Pentecoste, além de agricultor, é, também, “pedreiro de cisterna”; como gosta de dizer. Os muitos anos de experiência, o faz afirmar que as cisternas de placa “não se acabam nunca. Pode é botar água. E se rachar a gente sabe consertar…já essas aí de plástico que o Governo quer botar…”. A fala de Seu Manoel levanta uma importante discussão com relação à durabilidade das cisternas de PVC; recente aposta do Governo Federal para garantir a segurança hídrica das famílias do semiárido nordestino.
Já Seu Francimar de Souza, do município de Choró, lembrou da quantidade de pessoas que poderão ficar desempregadas, principalmente pedreiros, que como seu Manuel, trabalham na construção das cisternas de placa. “A gente não pode deixar isso acontecer. Isso é coisa do poder político que quer o controle de tudo para eles e que só vai beneficiar os empresários”.
A ansiedade e a vontade de participar venceram o cansaço da viagem. A delegação do Ceará chegou com megafones em punho; tarjas pretas no braço (representando o luto diante de um cenário que indica um visível retrocesso nas ações de convivência com o semiárido), muitas faixas de protesto e chapéus de palha para proteger a cabeça do sol inclemente. A microrregião do Cariri ainda levou “Lampião” e “Maria Bonita”, que não deixaram ninguém desanimar na caminhada pela ponte que une Petrolina (PE) a Juazeiro (BA).
Sem se importar com o esforço, tudo que Seu Jeová de Oliveira, do município do Crato, deseja é que esse momento de mobilização possa servir para sensibilizar os políticos. Facilitador do curso de Gestão de Recursos Hídricos (GRH), que faz parte do processo de capacitação das famílias beneficiadas pelos projetos da ASA, Seu Jeová explicou que “não é só a questão das cisternas. Tem a questão cidadã em prol do meio ambiente, da mobilização dos trabalhadores, de discussão das políticas públicas…é uma questão holística”. A não continuidade desse processo, que visa a participação e o empoderamento de famílias e comunidades, é algo que as organizações temem.
Pedindo as bênçãos do “Velho Chico”, o povo do Ceará, junto com mais de 15 mil pessoas, seguiu cantando, dançando forró e gritando palavras de ordem até a praça da Catedral de Petrolina (PE), onde aconteceu o ato público.
Após o almoço, era chegada a hora de enfrentar a estrada novamente, só que agora, com a alegria e a certeza de não ter perdido o trem da história. A mobilização mostrou a força da ASA e a consciência crítica dos povos do semiárido, que querem muito mais do que receber favores, querem a garantia de seus direitos.

http://www.cetra.org.br/






FETRAECE Realizou a III Plenária Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais - PETTR

 Foi realizada entre os dias 14 à 16 de Dezembro em Beberibe-CE a III Plenária Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Ceará.
Durante a solenidade de abertura estiveram presentes o Secretário do Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, o Superintendente do INCRA, Djalma, além de diversas outras entidades.
Em sua saudação inicial, Moisés Braz, presidente da FETRAECE, deu boas vindas a todos e todas falando da grande alegria de ver o plenário tão cheio de lideranças comprometidas com a luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Após a saudação de todos presentes na mesa, Moisés chamou o Vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Joaquim Cartaxo, para fazer uma análise da atual conjuntura internacional, nacional e estadual. Em seguida, várias pessoas do plenário se inscreveram para debater sobre a exposição de Cartaxo.
Após o excelente debate acerca dos diversos temas que envolvem  a análise da conjuntura, Moisés Braz encerrou o primeiro dia da Plenária.
No Segundo dia, foi dada continuidade aos trabalhos do plenário trazendo o resultado dos trabalhos das comissões temáticas, no que se refere aos temas específicos.
Após alguns debates em relação às emendas aos textos as mesmas foram votadas pelo plenário. 
No ultimo dia ao final dos trabalhos do plenário, Moisés Braz agradeceu a participação de todos e todas dirigentes presentes a III Plenária Estadual de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.

Fonte:  http://www.fetraece.org.br/

sábado, 17 de dezembro de 2011

ASA realiza ato publico pelo semiárido



O programa de construção das cisternas de placas foi criado pela Articulação do Semiárido e virou política pública
 
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) não renovou aditivo com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), para continuidade dos programas P1MC e P1+2, para construção de cisternas nas comunidades rurais. Segundo justificativa recebida pela entidade, o governo está revendo seus arranjos para execução exclusiva com Estados e Municípios no Plano Brasil sem Miséria. Para protestar contra decisão, a entidade organiza ato público para o próximo dia 20, em Petrolina (PE).
A coordenadora executiva da ASA, Cristina Nascimento, explica que a Articulação entende isso como uma ruptura do processo construído, embora o MDS declare publicamente não ser. "O Ministério não tem nenhuma proposta clara e publicamente expressa de qual é a relação de parceria que quer manter com a ASA. Então, nesse momento, nós nos encontramos sem parceria estabelecida e sem perspectiva de que parceria seria essa".
Para o semiárido brasileiro, Cristina explica que existem dois tipos de impacto; no caso do econômico-produtivo, o debate da agroecologia e o trabalho com agricultores experimentadores e famílias para produção de alimentos. As ações ampliadas para implantação de tecnologias estão paralisadas desde novembro, quando o recurso do P1+2 foi interrompido.
Outro impacto destacado é o social, pois os programas da ASA também trabalham a mobilização local e relações sociais, gerando trabalho - por exemplo, o agricultor que vira pedreiro - e ocasionando a perda de uma dinâmica econômica dos Municípios.
A grande consequência política destacada, porém, é a questão da amplitude da ação dos programas, entendendo a parceria com o MDS como estratégica para tal. A ASA entende que priorizar a execução do Programa, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, apenas via Municípios e Estados, excluirá a sociedade civil organizada. A sugestão dada pelo MDS é que a ASA negocie sua ação em cada um dos Estados contemplados.

Público

A ASA considera que a decisão do Governo Federal é uma opção de desenvolvimento sem protagonismo dos povos do semiárido, sem a participação da sociedade civil. Por isto, realizará o ato público nacional em Petrolina. São esperadas em torno de 10 mil pessoas, sendo do Ceará, uma caravana de aproximadamente 500 pessoas.
"Estamos em um grande processo de mobilização das famílias, das organizações e de outros movimentos sociais para uma manifestação em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE). Será uma caminhada pela ponte que liga as duas cidades. Iremos expressar o que a ASA tem feito pelo semiárido", afirma Cristina.
A Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) é uma rede formada por mais de 750 organizações da sociedade civil que atuam na gestão e no desenvolvimento de políticas de convivência com a região semiárida. Sua missão é fortalecer a sociedade civil na construção de processos participativos para o desenvolvimento sustentável e a convivência com o Semiárido. O trabalho baseia-se em valores culturais e de justiça social, tendo como metas a agroecologia, a segurança alimentar e nutricional, a educação contextualizada, o combate à desertifica-ção, o acesso à terra e à água e a promoção da igualdade de gênero entre as comunidades.
Os programas P1MC e P1+2 propõem a mobilização social e capacitação das famílias para a construção de cisternas para acúmulo de água da chuva, além de oferecer um processo de educação para o uso daquela água da melhor forma possível. A diferença entre eles é a cisterna construída: no caso do P1MC, a água acumulada é tratada e direcionada para o consumo humano, para beber e cozinhar. Já na cisterna do P1+2, a água é para produção, sendo imprópria para beber, mas podendo aguar plantas, alimentar animais e fazer limpezas.

Vida melhor

O P1MC é premiado até pela Organização das Nações Unidas (ONU), gestado e executado pela ASA. O programa já beneficiou diretamente mais de dois milhões de pessoas, em 1.076 Municípios, a partir da construção de quase 372 mil cisternas de placas, envolvendo 12 mil pedreiros e pedreiras.
"Nós, das comunidades, passamos a viver melhor com os programas da ASA. Temos água de qualidade para beber e agora para plantar nossa horta, colher nossa fruta, além do aumento da renda familiar", diz João Bosco, pedreiro do Município de Chorozinho. Os resultados são tão expressivos que a construção de cisternas se configura como a principal proposta do Programa Água para Todos.
As ações da ASA não são reconhecidas apenas no Brasil, que renderam uma dezena de prêmios, a exemplo do Prêmio Direitos Humanos - categoria Enfrentamento à Pobreza, promovido pelo próprio Governo Federal e entregue pelo então presidente Lula, no final do ano passado, mas também internacionalmente, como referência de gestão e inclusão social no campo do acesso à água e do direito à segurança alimentar e nutricional das famílias carentes do Semiárido (ONU). Agora, a expectativa é de que a participação da ASA no processo seja melhor definida.

Fique por dentro
Público beneficiado

O P1MC, premiado até pela Organização das Nações Unidas (ONU), gestado e executado pela Articulação do Semiárido (ASA - rede de organizações da sociedade civil), já beneficiou diretamente mais de dois milhões de pessoas, em 1.076 Municípios, a partir da construção de quase 372 mil cisternas de placas, envolvendo 12 mil pedreiros e pedreiras. Os resultados são tão expressivos que a construção de cisternas se configura como a principal proposta do Programa Água para Todos, desenvolvido no âmbito das políticas públicas.
MAIS INFORMAÇÕES

Articulação do Semiárido (ASA) - Fortaleza (CE)

(85) 3331 1611 / 9921 4393 / 3473 3282/ http://www.asabrasilorg.br
 
Postado Por: http://diariodonordeste.globo.com/ 
 

Cisternas de Plástico/PVC. Somos contra!

Desde o dia 1º de dezembro as ações estão sendo intensificadas nos estados com o intuito de fortalecer a campanha e atingir um maior número de adeptos. A perspectiva é que o último dia dessa mobilização seja marcada por ações em diferentes rádios do Semiárido. A ação ocorre até o próximo dia 15.

Fonte:  www.caritas.org.br

Conheça o Sindicato e Sindicalize-se

 Sindicalizar-se é mais do que participar da sua entidade representativa de classe. É exercer plenamente a sua cidadania. Participar de ações que valorizam a sua profissão e o seu trabalho. É lutar para manter direitos já conquistados e para ampliá-los.
O Sindicato negocia e luta por garantias de melhores condições para a agricultura familiar e para a vida dos agricultores e agricultoras. Além disso, o Sindicato pode auxiliá-lo nas questões trabalhistas e encaminhar o seu processo de aposentadoria.
Não perca tempo. Veja nesta página o endereço do sindicato dos trabalhadores rurais do seu município. Faça uma visita e converse com os seus diretores ou diretoras. Você só tem a ganhar...

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Itapajé: 
Rua Antonio Eusébio Bastos, 157 Bairro de Fátima - Itapajé-CE
FONE/FAX: (85) 3346-1266
Email: sttritapajé@yahoo.com

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Boletos do Garantia Safra 2011/2012

A Secretaria de Desenvolvimento Rural, Agricultura Familiar e Recursos Hídricos de Itapajé, comunica aos agricultores Familiares que estarão realizando a entrega dos boletos do Garantia Safra 2011/2012  nos próximos dias 13 e 14 nos mesmos locais que foram feitas as inscrições. Vale ressaltar que os beneficiários do programa GS 2011/2012 terá ate o dia 30 de Dezembro para efetuar o pagamento dos boletos.
OBS: Se depois do dia 15 de Dezembro quem não recebeu, por favor, procurar a Secretaria de Agricultura.

Segue abaixo o calendário de entrega.